Ondulante, na distância,
a praia estende-se num lençol de areia branca
Vejo-a
na languidez da margem oposta da foz
Dela emana um chamamento
uma voz que se perde
no esquecimento fatigado do tempo
As tuas pegadas
gravadas na voz de dias ausentes
marcaram os fios entretecidos de uma ilusão
que foi luta perdida
Hoje
a imagem difusa de um querer proclamado
visitou-me as palavras
como fantasma liberto nas planuras do silêncio
Recordações de momentos inventados
fugazmente revisitados
e largados ...
no abandono da inutilidade
JCE 07/2011
.../...fico suspenso na expectativa
de um pensamento que rasgue o tempo
e me traduza o sonho das árvores
domingo, 31 de julho de 2011
domingo, 24 de julho de 2011
... TALVEZ
... talvez o mar me acolha o cansaço
no seu leito de espuma e esquecimento
e o transporte docemente no regaço
eternizando a melodia de um momento ...
... talvez as ondas se inclinem num lamento
abafado pelas ilhas de sargaço,
arrastado nas pegadas deste vento
como amantes no silêncio de um abraço ...
... talvez o infinito se abrigue neste espaço
onda voga livremente o pensamento
inflamado pela sugestão de um traço
onde jorra em profusão o sentimento ...
JCE 07/2011
no seu leito de espuma e esquecimento
e o transporte docemente no regaço
eternizando a melodia de um momento ...
... talvez as ondas se inclinem num lamento
abafado pelas ilhas de sargaço,
arrastado nas pegadas deste vento
como amantes no silêncio de um abraço ...
... talvez o infinito se abrigue neste espaço
onda voga livremente o pensamento
inflamado pela sugestão de um traço
onde jorra em profusão o sentimento ...
JCE 07/2011
LÁGRIMA
Nunca soube
quantos sonhos partiram
quantos desejos sucumbiram
quantos dias hesitaram
quantos momentos se esfumaram
na indefinição de uma lágrima
JCE 07/2011
quantos sonhos partiram
quantos desejos sucumbiram
quantos dias hesitaram
quantos momentos se esfumaram
na indefinição de uma lágrima
JCE 07/2011
sexta-feira, 22 de julho de 2011
REFLEXO IMPERFEITO
Prendeste o teu olhar em mim ...
Viste nos meus olhos o mistério dos silêncios
mas neles não vislumbraste o oceano adormecido
nem os rios que o beijam em devoção
Não percebeste o cintilar da minha noite
nem a vontade que desponta na alvorada
apenas viste as nuvens que percorrem os meus dias
e que projectam sombras
nos sorrisos que se atrevem
Olhaste-me
sem veres as ilhas que abraçam o meu mar
nem as falésias que lhe acalmam o furor
Guardaste em ti
um reflexo imperfeito ...
JCE 07/2011
Viste nos meus olhos o mistério dos silêncios
mas neles não vislumbraste o oceano adormecido
nem os rios que o beijam em devoção
Não percebeste o cintilar da minha noite
nem a vontade que desponta na alvorada
apenas viste as nuvens que percorrem os meus dias
e que projectam sombras
nos sorrisos que se atrevem
Olhaste-me
sem veres as ilhas que abraçam o meu mar
nem as falésias que lhe acalmam o furor
Guardaste em ti
um reflexo imperfeito ...
JCE 07/2011
sábado, 16 de julho de 2011
O INFINITO NA PALAVRA
Um clarear da mente em movimento
um despertar da inquietude num momento
uma vontade que invade o pensamento ...
A palavra voga indolente nas raias da imaginação,
faz-se rio no caudal da oratória,
simples gota no orvalho da memória,
grito errante nas veredas da saudade
Libertada nas torrentes da expressão
pinta os céus com as cores das sensações,
cria mundos sem limites nem prisões,
pára o tempo em imagens sem idade
Na palavra que o poeta torna mito
há um todo que abarca o infinito ...
JCE 07/2011
um despertar da inquietude num momento
uma vontade que invade o pensamento ...
A palavra voga indolente nas raias da imaginação,
faz-se rio no caudal da oratória,
simples gota no orvalho da memória,
grito errante nas veredas da saudade
Libertada nas torrentes da expressão
pinta os céus com as cores das sensações,
cria mundos sem limites nem prisões,
pára o tempo em imagens sem idade
Na palavra que o poeta torna mito
há um todo que abarca o infinito ...
JCE 07/2011
ARENA
No som triste de um violino insinua-se o entardecer
transportado nas paisagens de um passado
como augúrio de horas tumultuosas,
antecipação de arenas gotejantes
de lágrimas, suor e sangue
Multidões inflamadas
despejam no ar a rouquidão do aplauso
numa ode a quem se ergue
dos destroços e do pó
sofregamente bebendo o ar que temeram não mais sentir
Na exaustão da glória conquistada
preces são entregues a deuses indiferentes,
oferendas silenciosas e devotas pela graça concedida
de uma vida prolongada até à próxima incursão
nas areias da arena ...
JCE 07/2011
transportado nas paisagens de um passado
como augúrio de horas tumultuosas,
antecipação de arenas gotejantes
de lágrimas, suor e sangue
Multidões inflamadas
despejam no ar a rouquidão do aplauso
numa ode a quem se ergue
dos destroços e do pó
sofregamente bebendo o ar que temeram não mais sentir
Na exaustão da glória conquistada
preces são entregues a deuses indiferentes,
oferendas silenciosas e devotas pela graça concedida
de uma vida prolongada até à próxima incursão
nas areias da arena ...
JCE 07/2011
ARAGEM DE SUSPIROS
Embrulho-me na noite cálida com o desejo por cicerone
arrastado numa aragem de suspiros,
numa dança de diáfanas roupagens
Entrelaçado nos sentidos que em ti viajam
acolho os aromas de framboesas e amoras selvagens
mesclados no arfar do teu peito em sedução
Devaneios de dedos fascinados pelo toque
de uma seda feita pele
sublime fantasia de paixão
intrincada em promessa de beijos sussurrados
e suspiros murmurados
JCE 06/2011
arrastado numa aragem de suspiros,
numa dança de diáfanas roupagens
Entrelaçado nos sentidos que em ti viajam
acolho os aromas de framboesas e amoras selvagens
mesclados no arfar do teu peito em sedução
Devaneios de dedos fascinados pelo toque
de uma seda feita pele
sublime fantasia de paixão
intrincada em promessa de beijos sussurrados
e suspiros murmurados
JCE 06/2011
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