Arrastam-se as horas ao longo do dia,
cansadas da eternidade,
e eu anseio o momento em que a tua silhueta
invade a minha paisagem,
num contraponto inadvertido e inocente...
Saberás tu ao certo o que provocas em mim?
Poderia mostrar-te de quantas maneiras te quero,
desenhando o êxtase das madrugadas
no teu corpo fremente
e recitando os sabores dos teus beijos
na loucura da pele
Poderia dizer-te de quantas maneiras te amo
rebuscando as palavras que os poetas criaram
e adornando as metáforas que a inspiração gerou
Poderia criar tanta forma de amar, que um dia
talvez entendesses
a minha vontade de inventar as manhãs
na suave carícia do teu despertar
JCE 04/2012
João
ResponderEliminarUm poema fascinante que aborda essencialmente o fascínio. E tão bom que é sentirmo-nos fascinados na multiplicidade de fascínios que se nos deparam dia a dia!