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fico suspenso na expectativa

de um pensamento que rasgue o tempo

e me traduza o sonho das árvores



quarta-feira, 4 de abril de 2012

INVENTEI-TE AS MANHÃS


Arrastam-se as horas ao longo do dia,
cansadas da eternidade,
e eu anseio o momento em que a tua silhueta
invade a minha paisagem,
num contraponto inadvertido e inocente...

Saberás tu ao certo o que provocas em mim?

Poderia mostrar-te de quantas maneiras te quero,
desenhando o êxtase das madrugadas
no teu corpo fremente
e recitando os sabores dos teus beijos
na loucura da pele

Poderia dizer-te de quantas maneiras te amo
rebuscando as palavras que os poetas criaram
e adornando as metáforas que a inspiração gerou

Poderia criar tanta forma de amar, que um dia
talvez entendesses
a minha vontade de inventar as manhãs
na suave carícia do teu despertar


JCE 04/2012


1 comentário:

  1. João

    Um poema fascinante que aborda essencialmente o fascínio. E tão bom que é sentirmo-nos fascinados na multiplicidade de fascínios que se nos deparam dia a dia!

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