.../...

fico suspenso na expectativa

de um pensamento que rasgue o tempo

e me traduza o sonho das árvores



sexta-feira, 27 de agosto de 2010

MIRAGEM

Ouço ao longe
um lamento prolongado
que transporta todas as memórias
de futuros imaginados,
vislumbrados,
sem substância
nem certezas

Ouço ao longe
as palavras lançadas
com a fúria de uma tempestade
sem dó nem comiseração
penetrantes e sibilantes
como adagas de fogo gelado

Olho em frente e vejo
a serenidade
de dias que se avizinham
sem quiméricas promessas
de paraísos irreais

Ouço ao longe
uma miragem
destruída ...


JCE 07/2010

1 comentário:

  1. finalmente consegui ver...é que há tempos fui "tag" neste lindo e verdadeiro poema e só agora consegui ver...beijinho e continuação de bonitas palavras...

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