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fico suspenso na expectativa

de um pensamento que rasgue o tempo

e me traduza o sonho das árvores



sexta-feira, 27 de agosto de 2010

NOME SEM LETRAS

Vogando pelas rugas dos dias
encontro ligações enredadas
nas miríades de palavras
proferidas
sem intuitos sentidos

Num quotidiano flácido
de clonadas rotinas
o futuro liberta-se em sombras
que se esfumam
sem marcas vividas

Escoando as memórias de mim
em cúbiculos amarfanhados
renego as imagens sonhadas
como pragas de inquietação

Profiro o teu nome sem letras
numa fuga interiorizada
da loucura que tu foste
na minh’alma martirizada


JCE 08/2010

2 comentários:

  1. Sempre a "nostalgia" dos poetas. Muito lindo. Bj

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  2. "O teu nome não se constrói com letras ... constrói-se com o meu sentir apaixonado"

    Grato pelos vossos comentários

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