Sinto na luta interior
das palavras tumultuosas
a torrente ininterrupta
de sentimentos vadios
que procuram escapar de mim
Refreio a vontade voraz
de gritar pensamentos sem nexo,
alegorias bastardas,
imagens sem reflexo
Calo em mim a profusão
de respostas sem perguntas
envolvo em cetim as palavras
que encerro no silêncio
da escrita que não liberto
Entrego o meu sentir
ao doce torpor do vazio
para nele se dissolver
em palavras esquecidas
JCE 11/2010
.../...fico suspenso na expectativa
de um pensamento que rasgue o tempo
e me traduza o sonho das árvores
terça-feira, 23 de novembro de 2010
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
MARGENS
Repouso nas margens do rio
transbordante de sentidos
e palavras refulgentes
que gritam em desafio
Meditativos momentos
tu provocas no meu ser
invadindo-me a alma
na cadência suave dos ventos
Alma livre e luminosa
tuas palavras eu bebo
e revejo nelas o querer
que me impele a crescer
como Homem, como Ser
JCE 11/2010
transbordante de sentidos
e palavras refulgentes
que gritam em desafio
Meditativos momentos
tu provocas no meu ser
invadindo-me a alma
na cadência suave dos ventos
Alma livre e luminosa
tuas palavras eu bebo
e revejo nelas o querer
que me impele a crescer
como Homem, como Ser
JCE 11/2010
OLHARES
Olhas o Mundo por dentro
nas penumbras intermitentes
percorridas por sombras ausentes
que demarcam os ambientes
nas rugosidades do tempo
Crias instantes sagrados
intervalos intemporais
captados em instantâneos
que se intrometem, velozes,
na corrente ininterrupta
de momentos ignorados
Recuperas assim a beleza
dos lugares e dos sentidos
captados pelos olhares
que nascem dentro de ti
JCE 11/2010
nas penumbras intermitentes
percorridas por sombras ausentes
que demarcam os ambientes
nas rugosidades do tempo
Crias instantes sagrados
intervalos intemporais
captados em instantâneos
que se intrometem, velozes,
na corrente ininterrupta
de momentos ignorados
Recuperas assim a beleza
dos lugares e dos sentidos
captados pelos olhares
que nascem dentro de ti
JCE 11/2010
domingo, 21 de novembro de 2010
PERMANÊNCIA
Ao longe o horizonte escurecido
mergulha em ondas revoltas
erguidas no cansaço do mar
Crepúsculo de dias esgotados
num esquecimento fechado
entre linhas por traçar
Sentimento imanente
de finitude presente
JCE 11/2010
mergulha em ondas revoltas
erguidas no cansaço do mar
Crepúsculo de dias esgotados
num esquecimento fechado
entre linhas por traçar
Sentimento imanente
de finitude presente
JCE 11/2010
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
LEVEZA
Leveza sublime e infindável
a da alma que se banha
nos eflúvios lacrimosos da paz
emanados dos seus amenos recessos
no vislumbre das razões e convicções
que a moldam à imagem do seu querer
JCE 11/2010
a da alma que se banha
nos eflúvios lacrimosos da paz
emanados dos seus amenos recessos
no vislumbre das razões e convicções
que a moldam à imagem do seu querer
JCE 11/2010
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
DEPOIS DA ENCRUZILHADA
A encruzilhada cinzenta
foi transposta num repente
convulsivo
e demente
marcando sordidamente
o passado e o presente
A tempestade abateu-se
sobre a alma confiante
abrindo chagas
que te marcam
o futuro, certamente
Agora …
dias leves e sóbrios
envolvem-te suavemente
sem ardor nem ilusões
de futuros inventados
Acolhes o ansiado acordar
para a vida que conheces
e repetes
dia a dia
na expurgação do tempo
dissonante e ilusório
Sobram cicatrizes
esmorecidas
sinais prenhes de sentido
da grandeza do teu ser
JCE 11/2010
foi transposta num repente
convulsivo
e demente
marcando sordidamente
o passado e o presente
A tempestade abateu-se
sobre a alma confiante
abrindo chagas
que te marcam
o futuro, certamente
Agora …
dias leves e sóbrios
envolvem-te suavemente
sem ardor nem ilusões
de futuros inventados
Acolhes o ansiado acordar
para a vida que conheces
e repetes
dia a dia
na expurgação do tempo
dissonante e ilusório
Sobram cicatrizes
esmorecidas
sinais prenhes de sentido
da grandeza do teu ser
JCE 11/2010
domingo, 14 de novembro de 2010
SILHUETAS
No ritmo insuspeito do vento
vejo silhuetas vazias
percorrerem caminhos insólitos
Memórias adormecidas no tempo
enroladas nos percursos da mente
como um rio de imagens ausentes
sem reflexo nem rasto visível
Desvanecem-se em fumo incolor
apagam-se sem luz interior
simples sombras
insubstanciais afinal
Meras imagens esbatidas
em cada momento presente …
JCE 11/2010
vejo silhuetas vazias
percorrerem caminhos insólitos
Memórias adormecidas no tempo
enroladas nos percursos da mente
como um rio de imagens ausentes
sem reflexo nem rasto visível
Desvanecem-se em fumo incolor
apagam-se sem luz interior
simples sombras
insubstanciais afinal
Meras imagens esbatidas
em cada momento presente …
JCE 11/2010
terça-feira, 9 de novembro de 2010
FRAGMENTOS MOLHADOS
Lavei os recantos da alma
com todas as lágrimas
sofridas
insanamente vertidas
em momentos
que já perdi
Libertei de mim
toda a dor
em fragmentos
molhados
nus, sós e espantados
por se verem arrastados
pelas águas
do esquecimento
De alma aberta
senti
o meu ser purificado
renascido
e renovado
JCE 11/2010
com todas as lágrimas
sofridas
insanamente vertidas
em momentos
que já perdi
Libertei de mim
toda a dor
em fragmentos
molhados
nus, sós e espantados
por se verem arrastados
pelas águas
do esquecimento
De alma aberta
senti
o meu ser purificado
renascido
e renovado
JCE 11/2010
segunda-feira, 8 de novembro de 2010
LIBERTAÇÃO
Pairavas escondida
da luz dos dias
dos olhos do mundo
enrolada em ti própria
sem veres nem seres vista
Senti-te crescer
perante os meus olhos
desabrochaste
tornaste-te flor
lágrima, emoção, dor
Pela mão do escritor
libertaste-te
fizeste-te inteira,
menina e mulher
aroma e sabor
canto de sereia
Conquistaste o mundo
por frágeis momentos
no espaço de tempo
que a inspiração te deu
como um breve suspiro
sussurrado no silêncio
Agora que és livre
transformas sentir em queixume
libertas amor, rasgas emoções
tropeças na incompreensão
despertas paixões
alteras o mundo
numa folha de papel
Palavra libertada para a vida
és tu que me libertas...
JCE 03/2010
(Nota: este poema foi recentemente publicado no livro "Cresci com a poesia", da minha amiga Dina Ventura, que gentilmente me convidou para participar nesta sua excelente obra literária. Para ela, o meu agradecimento, pelo convite e pela amizade)
da luz dos dias
dos olhos do mundo
enrolada em ti própria
sem veres nem seres vista
Senti-te crescer
perante os meus olhos
desabrochaste
tornaste-te flor
lágrima, emoção, dor
Pela mão do escritor
libertaste-te
fizeste-te inteira,
menina e mulher
aroma e sabor
canto de sereia
Conquistaste o mundo
por frágeis momentos
no espaço de tempo
que a inspiração te deu
como um breve suspiro
sussurrado no silêncio
Agora que és livre
transformas sentir em queixume
libertas amor, rasgas emoções
tropeças na incompreensão
despertas paixões
alteras o mundo
numa folha de papel
Palavra libertada para a vida
és tu que me libertas...
JCE 03/2010
(Nota: este poema foi recentemente publicado no livro "Cresci com a poesia", da minha amiga Dina Ventura, que gentilmente me convidou para participar nesta sua excelente obra literária. Para ela, o meu agradecimento, pelo convite e pela amizade)
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