No ritmo insuspeito do vento
vejo silhuetas vazias
percorrerem caminhos insólitos
Memórias adormecidas no tempo
enroladas nos percursos da mente
como um rio de imagens ausentes
sem reflexo nem rasto visível
Desvanecem-se em fumo incolor
apagam-se sem luz interior
simples sombras
insubstanciais afinal
Meras imagens esbatidas
em cada momento presente …
JCE 11/2010
Mais uma grande verdade, e como é terrível a existência dessas silhuetas e a culpa é de todos nós,os que não prestaram atenção á sua existência antes de serem silhuetas,e as vezes é preciso tão pouco,para que a luz interior seja uma realidade.
ResponderEliminarBem Haja
Essa é uma perspectiva possível de interpretação do meu poema, Isolda, da qual não discordo, pelo contrário.
ResponderEliminarMas confesso que o que estava subjacente nas minhas palavras era algo de diferente ... afinal, quantas vezes há pessoas que se cruzam connosco num evento, num momento qualquer no tempo, e dela já não retemos mais nada que não seja uma silhueta vazia, uma sombra insubstancial ... e isso acontece quando? Quando a pessoa não nos diz nada, é apenas mais uma na multidão ...
Obrigado pelos seus comentários, sempre bem vindos :-))