.../...

fico suspenso na expectativa

de um pensamento que rasgue o tempo

e me traduza o sonho das árvores



quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

AS PERGUNTAS QUE NÃO SABES

As palavras não saem ...
o olhar vazio fixa-se na distância
como se pudesse ler o destino
escondido nos minutos que se escoam

Nada no horizonte perpetua a tua mão
entrelaçada nas recordações
que se esfumaram lentamente ...
demasiado lentamente ...

O desenho das tuas lágrimas derramadas
sobre um peito já cansado
cravou-se para lá da epiderme.

Instinto ...
apenas por instinto o teu nome foi amarfanhado
nas palmas das minhas mãos fechadas
para não mais ser acordado

As palavras não saem ...
só o clamor do silêncio te responde
às perguntas que não sabes ...


JCE 12/2010

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