Adormeçes o sentir quotidiano
ao verteres as palavras sonolentas
no vazio que se abre ante ti
Cruzas as fronteiras do sonho
numa nuvem de memórias esfiapadas
envolto nessa névoa acolhedora
que te afaga o cansaço libertado
O sonho instala-se suavemente
sem que possas recusar o seu avanço ...
... inventas-te em desejos que não pensas
constróis os significados ausentes
interrogas as dúvidas insolentes
dás um rumo incolor ao teu destino
que se altera a cada passo que percorres
nessas terras desgastadas do onírico
Libertas o teu ser ignorado
incógnita presença dos teus dias
que não sentes nem suspeitas existir ...
... estranha versão da tua imagem
desfasada do teu Eu adquirido
Nesta dormência incólume ultrapassas
as passagens irreais da tua mescla
que se projecta no tempo do sonho
JCE 01/2011
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