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fico suspenso na expectativa

de um pensamento que rasgue o tempo

e me traduza o sonho das árvores



sábado, 29 de janeiro de 2011

UTOPIA

Um amanhecer indeciso
um acordar fatigado
e a relutância em aceitar
mais um dia desolado

Entre janelas sombrias
e paredes nevrálgicas
enterras o pensamento no nada
e afogas as perdas
no ar gelado

Recusas sair do teu sono
regressas à terra do sonho
onde és feliz sem sentir
onde és criador do devir

Visões de mundos em paz
sem filamentos de ódio
nem despojos de ignomínia
libertos da raiva intestina
sem padecerem de dores

Caminhos iluminados
sem barreiras nem exclusão
palmilhados com prazer
por quantos procuram viver
em perfeita comunhão
e partilha sem temores

Amanhece na terra do sonho
onde a luz é brilhante e macia
e tu sorris com prazer ...
na tua pueril utopia


JCE 01/2011


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