Abri as portas da ilusão
e deixei-me por ela arrastar
na esteira de um vento irreal
cruzando planícies dormentes
num sonho em gestação
Fui sopro rebelde nos ares
dancei em montanhas douradas
e afaguei as folhas das árvores
envolvidas por chuva outonal
arrastadas nas águas tombadas
Imbuída nas nuvens velozes
fui lágrima perdida nos ares
percorri distâncias sem nome
alcancei os limites dos mares
e verti-me em silêncio e em paz
Serenamente a ilusão esmorece
no repousar do vento e das chuvas
entrelaçada em memórias distantes
de momentos gravados nas cinzas
dos tempos tecidos nas brumas
JCE 12/2010
Prazer na leitura de um poema, cuja temática me é querida. Parabéns! Obg à Céu que me deu a conhecer mais um poeta...Tentarei lê-lo, com alguma regularidade... :)
ResponderEliminar