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fico suspenso na expectativa

de um pensamento que rasgue o tempo

e me traduza o sonho das árvores



sábado, 18 de dezembro de 2010

FANTASIA

Abri as portas da ilusão
e deixei-me por ela arrastar
na esteira de um vento irreal
cruzando planícies dormentes
num sonho em gestação

Fui sopro rebelde nos ares
dancei em montanhas douradas
e afaguei as folhas das árvores
envolvidas por chuva outonal
arrastadas nas águas tombadas

Imbuída nas nuvens velozes
fui lágrima perdida nos ares
percorri distâncias sem nome
alcancei os limites dos mares
e verti-me em silêncio e em paz

Serenamente a ilusão esmorece
no repousar do vento e das chuvas
entrelaçada em memórias distantes
de momentos gravados nas cinzas
dos tempos tecidos nas brumas


JCE 12/2010

1 comentário:

  1. Prazer na leitura de um poema, cuja temática me é querida. Parabéns! Obg à Céu que me deu a conhecer mais um poeta...Tentarei lê-lo, com alguma regularidade... :)

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