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fico suspenso na expectativa

de um pensamento que rasgue o tempo

e me traduza o sonho das árvores



sexta-feira, 8 de abril de 2011

SENTIR

As palavras hesitam
no abraço das madrugadas do poema.

Deslizam nas linhas nascentes,
fugazes e tímidas,
como uma jovem que se desnuda pela primeira vez
perante o seu desejo.

Palpitante,
o papel aconchega o seu espaço,
para nele acolher o derrame virginal do sentir dos poetas.

Do vazio,
surge sentido,
na recolha dos sentidos,
em silhuetas esboçadas na procura de significados.

O poema é sentir.
Sinto.


JCE 04/2011

1 comentário:

  1. "...
    O poema é sentir.
    Sinto."

    ... senti-o e vou levá-lo comigo. Algum inconveniente na sua publicação, será de imediato retirado.

    (É pena que o Blogue não esteja actualizado com a poesia que coloca noutros locais)

    Um abraço

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