O que restou
de batalhas travadas
em percursos de afirmação e procura?
Palavras esquecidas
(nas horas vestidas de abandono) ...
Vertigens de sentidos vorazes
(na expectiva da imortalidade) ...
Banquetes de migalhas insípidas
(tragadas com sofreguidão) ...
Vozes indistintas
(esbanjadas em melodias clandestinas) ...
O que restou
da raiva indigesta
nascida nas derrotas camufladas
em vitórias proclamadas?
Um lamento,
pelas vidas gastas em plágios rebuscados ...
Um sabor,
de cores desvanecidas no nevoeiro das ilusões ...
O ritmo incontrolável
da imutabilidade do tempo ...
A certeza dos destinos
imbuídos de incerteza ...
O que restou afinal
dos devaneios da alma?
A inevitabilidade
da prisão do ser
nos recônditos da sua mágoa...
JCE 09/2011
Inevitável prisão à beleza deste "balanço a uma voz". São assim, muitas vezes, os devaneios da alma, vividos primeiro, depois... amarras para sempre.
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