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fico suspenso na expectativa

de um pensamento que rasgue o tempo

e me traduza o sonho das árvores



terça-feira, 9 de novembro de 2010

FRAGMENTOS MOLHADOS

Lavei os recantos da alma
com todas as lágrimas
sofridas
insanamente vertidas
em momentos
que já perdi

Libertei de mim
toda a dor
em fragmentos
molhados
nus, sós e espantados
por se verem arrastados
pelas águas
do esquecimento

De alma aberta
senti
o meu ser purificado
renascido
e renovado


JCE 11/2010

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