Interiorizei a visão
de um destino ansiado
pelo qual me propus alcançar
um novo plano elevado
na existência salubre
de dias inquietos e mornos
Busquei a transmutação
nos milagres almejados
vagamente vislumbrados
em imaginados futuros
Hesitante larguei a firmeza
das noções anquilosadas
argumentadas na dureza
das vontades dominadas
revivendo a certeza
das dores e mágoas passadas
Abri mão de convenções
vastas e sufocantes
mergulhei nos fragmentos
do silêncio, do vazio,
que me inundou os minutos
como a corrente de um rio
Percorri parca distância
entre avanços e recuos
neste rumo enveredado
em busca de novos futuros
Qual o caminho ideal?
O que procuro afinal?
Saberás o que eu não sei?
JCE 10/2010
Ninguém saberá mais do que nós mesmos e o caminho está lá, bem dentro de nós na essência que guarda o divino de cada um. Muito bonito e a sabedoria está no sempre haver uma pergunta ao definitivo. Bj e parabéns João. Adorei.
ResponderEliminarAh! A eterna incerteza.Tantos caminhos á nossa frente! E a dúvida.Por qual deles seguir? Se nos dessem uma pista.... Mas o caminho certo está dentro de nós.Não acha, João? Esta incerteza põe-noa á prova.
ResponderEliminarO seu poema, aliás lindissimo,obriga-nos a meditar!
Margarida Alvito
O caminho das almas encantadas
ResponderEliminarAtravessei os desertos da melancolia
Caminhei para os poços das esperanças perdidas
Contornei a estrada dos sonhos infinitos
Atravessei a ponte dos amores desiludidos
Perdi-me na floresta da inconsciência nascente
Dormi na parte côncava da árvore de fumo encantado
Comi o fruto malicioso
Bebi a água da minha vida incessante
No riacho dos pensamentos insignificantes.
E tu onde te escondias?
Lisa
Muito obrigado pelos vossos comentários e contributos.
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