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fico suspenso na expectativa

de um pensamento que rasgue o tempo

e me traduza o sonho das árvores



sexta-feira, 29 de outubro de 2010

MÁSCARA

Sorris
com o encanto fremente
da sedução irreverente
numa ilusão patente
de conquista premente

Encontras eco nos olhares
suspirantes e rendidos
à personagem criada
que te reveste o ser

Chega a hora do silêncio
solitário e penetrante
em que tiras as roupagens
do teu eu imaginado

Cai a máscara encantada
quando o espelho indiferente
te devolve uma imagem
nua, agreste e feroz
do subsolo da alma

Nesse instante gelado
sorris para o reflexo
que te olha com tristeza
sem te reconhecer


JCE 10/2010

3 comentários:

  1. Nem sei porque se dão ao trabalho.De usar mascaras quero eu dizer,a alma é quem nós somos,e aí não são permitidas máscaras.e que perda de tempo imaginar-mos um Eu,o Eu não se imagina constrói-se todos os dias,com a ajuda de todos os que os rodeiam,Para quê as máscaras?

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  2. Ao ler este poema, só surge na minha mente, um mar agitado, de força incontrolável, as ondas revoltas que esmagam quem apanhem. A máscara cai e é lançada na areia....sem cor. Bj João

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  3. Obrigado Isolda e Dina pelos vossos comentários.
    Às vezes gostava de me enganar nas opiniões que faço de certas pessoas. Mas quando as máscaras se tornam demasiado evidentes, já não há nada a fazer ...
    Beijos risonhos

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