Cinzentos dias de Outono
iluminados
pelo sorriso de um olhar
reflectido nas cores quentes
das folhas
que abandonam o abraço das árvores
sem destino,
sem propósito
Confortante imagem esbatida
pela crescente inquietação
que transborda
nas margens vencidas
da alma encolhida
como um prenúncio gritante
de um Outono sem luz
Alinhamento fortuito
de uma estação moribunda?
Apenas folhas mortas
transportadas no seio do vento
sem esplendor
nem confluências
só incertezas ...
JCE 10/2010
Belíssimo poema de Outono. Beijinho João.
ResponderEliminarPosso atrever-me a deixar aqui uma poesia ?
ResponderEliminarClaro que sim Lisa.
ResponderEliminarEspero-te...
ResponderEliminarno torpor de uma noite de Outono,
envolvente de fragrâncias,
na clareira azul onde os raios se perdem, desolados e frágeis,
caídos sobre a densa noite,
desprezados neste mundo perdido
onde a ausência
se mistura no desejo
dos teus olhos.
Espero-te com alegria,
com satisfação,
com impaciência e encanto,
porque sei que virás,
que teus olhos atentos
irão ler nestas folhagens
embaladas pela luz,
mensagens de amor
que eu gravo para ti
na cavidade das arvores mortas (...)
Lisa, agradeço este magnífico contributo para o enriquecimento deste meu espaço de silêncios gotejantes de palavras. As tuas são muito belas.
ResponderEliminarUm beijo
Quando uma folha dourada se desprende, sorrio-lhe agradecida, porque me toca de mansinho e me alivia do calor sufocante...levando-me a caminhos secretos e confortantes, de um leve tom dourado, que entre abraços eternos, me transportam a um mundo encantado. Bj
ResponderEliminarTodos sabemos para onde o vento leva as folhas,que se desprendem das árvores,quais pedaços da nossa alma levados para o inverno da nossa existência,a primavera é a nossa esperança num verão cada vez mais quimera.
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