Gota a gota vou marcando o meu percurso
neste rio de silêncio que me acolhe
e me aconchega num abraço repousante
São as gotas vertidas do meu ser
que alimentam o silêncio murmurante...
... e em silêncio parto, sem hesitação,
indiferente ao que deixo e abandono
já esbatido na distância da ilusão...
JCE 10/2010
.../...fico suspenso na expectativa
de um pensamento que rasgue o tempo
e me traduza o sonho das árvores
domingo, 31 de outubro de 2010
sexta-feira, 29 de outubro de 2010
MÁSCARA
Sorris
com o encanto fremente
da sedução irreverente
numa ilusão patente
de conquista premente
Encontras eco nos olhares
suspirantes e rendidos
à personagem criada
que te reveste o ser
Chega a hora do silêncio
solitário e penetrante
em que tiras as roupagens
do teu eu imaginado
Cai a máscara encantada
quando o espelho indiferente
te devolve uma imagem
nua, agreste e feroz
do subsolo da alma
Nesse instante gelado
sorris para o reflexo
que te olha com tristeza
sem te reconhecer
JCE 10/2010
com o encanto fremente
da sedução irreverente
numa ilusão patente
de conquista premente
Encontras eco nos olhares
suspirantes e rendidos
à personagem criada
que te reveste o ser
Chega a hora do silêncio
solitário e penetrante
em que tiras as roupagens
do teu eu imaginado
Cai a máscara encantada
quando o espelho indiferente
te devolve uma imagem
nua, agreste e feroz
do subsolo da alma
Nesse instante gelado
sorris para o reflexo
que te olha com tristeza
sem te reconhecer
JCE 10/2010
domingo, 24 de outubro de 2010
PEGADAS
Gravei nas areias molhadas
as pegadas da minha passagem
naquele instante de vida
Por momentos ficou escrita
a marca da minha presença
estendida pela praia
como um trilho de pertença
Inspirei a maresia
inundando os meus sentidos
com a vastidão do mar
A maré cresceu nas ondas
que se ergueram confiantes
invadindo o areal
com o seu abraço salgado
de água e espuma brilhantes
Sobrou a imagem esmorecida
das sombras de uma passagem
nos contornos das pegadas,
nos momentos que gravei
nas areias da praia distante
e nos fios de um tempo indiferente
O mar apagou as marcas
da minha presença fugaz ...
JCE 10/2010
as pegadas da minha passagem
naquele instante de vida
Por momentos ficou escrita
a marca da minha presença
estendida pela praia
como um trilho de pertença
Inspirei a maresia
inundando os meus sentidos
com a vastidão do mar
A maré cresceu nas ondas
que se ergueram confiantes
invadindo o areal
com o seu abraço salgado
de água e espuma brilhantes
Sobrou a imagem esmorecida
das sombras de uma passagem
nos contornos das pegadas,
nos momentos que gravei
nas areias da praia distante
e nos fios de um tempo indiferente
O mar apagou as marcas
da minha presença fugaz ...
JCE 10/2010
ONDAS DE INQUIETAÇÃO
Sinto ondas de inquietação
a crescerem lentamente
no meu âmago dormente
como insupeita nascente
prestes a brotar do chão
As palavras caladas acordam
e ansiosas procuram
encontrar novas formas
de abraçar os vazios informes
nos acabrunhados silêncios
expectantes na penumbra
Pouco a pouco ganham vida
numa premonição de sentido
conduzindo o pensamento
para um novo rumo rompido
Sinto ondas de inquietação
encher-me a alma de som
com as palavras já criadas
numa breve inspiração
Afinal foi a palavra
renegada no meu íntimo
que criou novas imagens
irreais (ou algo mais?)
Expurgada a inquietação
nestas linhas onde escrevo
encontro novos alentos
para criar as molduras
de sorrisos e lamentos
JCE 10/2010
a crescerem lentamente
no meu âmago dormente
como insupeita nascente
prestes a brotar do chão
As palavras caladas acordam
e ansiosas procuram
encontrar novas formas
de abraçar os vazios informes
nos acabrunhados silêncios
expectantes na penumbra
Pouco a pouco ganham vida
numa premonição de sentido
conduzindo o pensamento
para um novo rumo rompido
Sinto ondas de inquietação
encher-me a alma de som
com as palavras já criadas
numa breve inspiração
Afinal foi a palavra
renegada no meu íntimo
que criou novas imagens
irreais (ou algo mais?)
Expurgada a inquietação
nestas linhas onde escrevo
encontro novos alentos
para criar as molduras
de sorrisos e lamentos
JCE 10/2010
sábado, 23 de outubro de 2010
CAMINHOS
Interiorizei a visão
de um destino ansiado
pelo qual me propus alcançar
um novo plano elevado
na existência salubre
de dias inquietos e mornos
Busquei a transmutação
nos milagres almejados
vagamente vislumbrados
em imaginados futuros
Hesitante larguei a firmeza
das noções anquilosadas
argumentadas na dureza
das vontades dominadas
revivendo a certeza
das dores e mágoas passadas
Abri mão de convenções
vastas e sufocantes
mergulhei nos fragmentos
do silêncio, do vazio,
que me inundou os minutos
como a corrente de um rio
Percorri parca distância
entre avanços e recuos
neste rumo enveredado
em busca de novos futuros
Qual o caminho ideal?
O que procuro afinal?
Saberás o que eu não sei?
JCE 10/2010
de um destino ansiado
pelo qual me propus alcançar
um novo plano elevado
na existência salubre
de dias inquietos e mornos
Busquei a transmutação
nos milagres almejados
vagamente vislumbrados
em imaginados futuros
Hesitante larguei a firmeza
das noções anquilosadas
argumentadas na dureza
das vontades dominadas
revivendo a certeza
das dores e mágoas passadas
Abri mão de convenções
vastas e sufocantes
mergulhei nos fragmentos
do silêncio, do vazio,
que me inundou os minutos
como a corrente de um rio
Percorri parca distância
entre avanços e recuos
neste rumo enveredado
em busca de novos futuros
Qual o caminho ideal?
O que procuro afinal?
Saberás o que eu não sei?
JCE 10/2010
DESTINOS RASGADOS
Sonho com passagens
em lugares inexistentes
onde crescem dias de paz
numa vastidão de planuras
de contornos indistintos
e relevos alisados
pelas brisas do tempo
Sonho com dias pensados
mas nunca concretizados
perdidos num cruzamento
de escolhas encetadas
na corrente imutável
de vidas em movimento
Surge tenuemente no sonho
o indistinto reflexo
das fileiras de eventos
que romperam possibilidades
que inflectiram vontades
e separaram destinos
em filamentos do ser
Imagens feitas de símbolos
de vontades e desejos
sem idade nem ensejo
apenas destinos rasgados
e outros por fim alcançados
JCE 10/2010
em lugares inexistentes
onde crescem dias de paz
numa vastidão de planuras
de contornos indistintos
e relevos alisados
pelas brisas do tempo
Sonho com dias pensados
mas nunca concretizados
perdidos num cruzamento
de escolhas encetadas
na corrente imutável
de vidas em movimento
Surge tenuemente no sonho
o indistinto reflexo
das fileiras de eventos
que romperam possibilidades
que inflectiram vontades
e separaram destinos
em filamentos do ser
Imagens feitas de símbolos
de vontades e desejos
sem idade nem ensejo
apenas destinos rasgados
e outros por fim alcançados
JCE 10/2010
quinta-feira, 21 de outubro de 2010
ASAS ALTANEIRAS
Pequenos montículos
de rochas solitárias
bordejando a foz do rio
dão guarida às aves marinhas
num breve e desperto repouso ...
... até ao momento
da partida esvoaçante
rumo a novas distâncias
conquistadas ao vento mordaz
Asas altaneiras
planando na imensidão
do espaço aberto dos céus
imagem sublime
da liberdade sonhada
JCE 10/2010
de rochas solitárias
bordejando a foz do rio
dão guarida às aves marinhas
num breve e desperto repouso ...
... até ao momento
da partida esvoaçante
rumo a novas distâncias
conquistadas ao vento mordaz
Asas altaneiras
planando na imensidão
do espaço aberto dos céus
imagem sublime
da liberdade sonhada
JCE 10/2010
quarta-feira, 13 de outubro de 2010
INQUIETAÇÃO
Abrasa-me o veneno
das linhas em branco da inspiração
Divago ao som das letras marteladas
com as presas da raiva cravadas
na macia carne das emoções
Alimento-me de palavras libertas
em catarses arrancadas das sombras
que me enchem a alma
como lamentos cuspidos
por uma multidão incógnita
Solto gritos mudos
no aconchego da noite fria
Desnudo-me numa torrente de inquietação
sem supremacia
nem alívio
Divago ao som das letras marteladas
e esquecidas
na voragem da indiferença
JCE 10/2010
das linhas em branco da inspiração
Divago ao som das letras marteladas
com as presas da raiva cravadas
na macia carne das emoções
Alimento-me de palavras libertas
em catarses arrancadas das sombras
que me enchem a alma
como lamentos cuspidos
por uma multidão incógnita
Solto gritos mudos
no aconchego da noite fria
Desnudo-me numa torrente de inquietação
sem supremacia
nem alívio
Divago ao som das letras marteladas
e esquecidas
na voragem da indiferença
JCE 10/2010
domingo, 10 de outubro de 2010
FOLHAS MORTAS
Cinzentos dias de Outono
iluminados
pelo sorriso de um olhar
reflectido nas cores quentes
das folhas
que abandonam o abraço das árvores
sem destino,
sem propósito
Confortante imagem esbatida
pela crescente inquietação
que transborda
nas margens vencidas
da alma encolhida
como um prenúncio gritante
de um Outono sem luz
Alinhamento fortuito
de uma estação moribunda?
Apenas folhas mortas
transportadas no seio do vento
sem esplendor
nem confluências
só incertezas ...
JCE 10/2010
iluminados
pelo sorriso de um olhar
reflectido nas cores quentes
das folhas
que abandonam o abraço das árvores
sem destino,
sem propósito
Confortante imagem esbatida
pela crescente inquietação
que transborda
nas margens vencidas
da alma encolhida
como um prenúncio gritante
de um Outono sem luz
Alinhamento fortuito
de uma estação moribunda?
Apenas folhas mortas
transportadas no seio do vento
sem esplendor
nem confluências
só incertezas ...
JCE 10/2010
sábado, 2 de outubro de 2010
FUGAZES SENSAÇÕES
Deambulo
pelos indolentes dias
parados
nas paisagens repetidas
de olhares turvos
na distância
Absorvo
as fugazes sensações
de bonomias
inventadas
em retalhos
de momentos
roubados
na silhueta das horas
O sonho tem os contornos
dos amanhãs
adormecidos
nas águas
que ainda não viram a nascente
Subtilmente
deixo-me submergir ...
JCE 09/2010
pelos indolentes dias
parados
nas paisagens repetidas
de olhares turvos
na distância
Absorvo
as fugazes sensações
de bonomias
inventadas
em retalhos
de momentos
roubados
na silhueta das horas
O sonho tem os contornos
dos amanhãs
adormecidos
nas águas
que ainda não viram a nascente
Subtilmente
deixo-me submergir ...
JCE 09/2010
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