Suavemente chega o crepúsculo
com os seus cambiantes serenos
e reflexos fugazes
como etéreas folhas em queda
das árvores outonais
Arauto da noite próxima
prenúncio das horas leves
dos silêncios confortantes
e das solidões incógnitas
Refrescantes sombras crescentes
espalham-se sobre o cansaço
dos momentos já esgotados
na azáfama do dia
como um manto protector
de oblívios perdões
Efémera presença a tua
de brandos momentos tingidos
com tonalidades difusas
transitórios pedaços em mescla
de um bulício angustiado
e de um sossego ansiado
Cai a noite repousante
com os seus véus de mistério
encerrando a magia tépida
do crepúsculo passageiro
JCE 09/2010
É tão bonito...parece um quadro!! Beijinho João
ResponderEliminarIsabel Santos
E o crepúsculo entra pé ante pé. E sussurra: Olhem com toda a atenção,pois vai ser tudo muito rápido!Começa a escurecer de mansinho.Ao fundo aparecem nuvens rosa,esbranquiçadas,umas gotas de amarelo e violeta como água que tivesse caido em cima de uma paleta e começasse a desbotar um nadinha. O sol é uma bola de fogo intensa mas breve. Vem uma nostalgia que nos afoga,quase não deixando respirar.Cai o pano! A noite chegou.
ResponderEliminarMargarida Alvito
Lindo João.
ResponderEliminarEsse silêncio que constrói palavras escritas pela alma terá um sinónimo numa palavra que só a alma lê.
Maria
"Talvez o mais belo momento do dia, tão efémero, mas tão cativante ..."
ResponderEliminarGrato pelos vossos comentários