Paisagens ensombradas
por pegadas ancestrais,
marcas assaz duradouras
de profecias vindouras,
reluzentes odisseias
aguardadas pelos crentes
em súplicas subjacentes
ao sentido de uma vida
replicada em muitas mais
Expectativas lavradas
em sinais adivinhados
nos viscerais resíduos
perfumadas pelo fogo
transmutados em negrume
Regojizos e pavores
são lançados sobre o espírito
numa dança esfumeante
de transes milenares
para gáudios inconfessos
de enganosos profetas
Sobre as cinzas de visões
jazem medos e fortunas
de incertezas e ânsias
subjugadas aos destinos
falhados por inércia
Insurgem-se as vontades indómitas
revelam-se os crentes no Homem
esmorecem os repetidos pregões
de esboroados e vencidos dogmas
Respira-se um novo tempo
liberto de fumos icónicos
alicerçado na obra
dos construtores de futuros
JCE 09/2010
Gotas de silencio,que nome mais apropriado,é que de facto a sua poesia remete-me para o silencio,mas o silencio de quem pensa,quem procura saber.
ResponderEliminarAqui o seu ultimo verso.assusta-mede facto eu acho que se vive a aurora de novos tempos,só que Poeta não sou e não consigo evitar uma visão catastrofista do novo tempo.Bem Haja
Bela poesia que relata de um fôlego todas as crenças e mitos vividos pelo homem desde tempos ancestrais.
ResponderEliminarDa realidade das coisas, nada sabemos; mas sentimos, cada qual à sua maneira, que novos adventos se anunciam... e como os esperamos com esperança!
Para pior já basta assim!
Um beijinho, João
"Percurso longo de eras de castração religiosa induzida por falsos profetas e vendedores de paraísos imaginados. Os novos tempos abrem-nos fronteiras inigualáveis de conhecimento científico, mantendo inviolável o espaço para a(s) fé(s), que respeito incondicionalmente"
ResponderEliminarGrato pelos vossos comentários