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fico suspenso na expectativa

de um pensamento que rasgue o tempo

e me traduza o sonho das árvores



quinta-feira, 23 de setembro de 2010

ÊXTASE

Infindável …
assim sinto o teu êxtase
reverberante
vibrante
com laivos de loucura
quase dolorosa
quase colapsante

O meu toque incendeia-te
numa torrente
exasperante
de sabores suados
e aromas lascivos
em crescendo …

Suplicas-me
nos teus gemidos
que não pare, que te sacie
o desejo incontrolável
que te invade
o corpo incandescente
reluzente
de prazer

Saboreio-te docemente
em incursões delineadas
na tua pele sedosa,
humedecida
exploro o teu sentir
gotejante
diluído no meu delírio
que cresce
numa escalada sincopada
com o teu corpo arqueado
em espasmódica extensão
como se procurasses
agarrar
um momento intemporal

Sentes a chegada
do momento
ansiado e adiado
como um manto
possessivo
que te enrola e te sufoca
que te faz sentir que morres
em cada segundo esgotado
numa doce luxúria
eternamente renovada


JCE 05/2010

1 comentário:

  1. Um turbilhão de emoções são os teus poemas. Gosto de te ler!! Sentir mais ainda...te beijo :-)

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